Há poucos dias celebramos a festa de Pentecostes, entendemos a sua importância e significado na vida pessoal e na vida prática da igreja. Quando continuamos a ler o livro de Atos dos Apóstolos, entendemos ainda mais que tudo aquilo descrito em Atos 2 significou para a igreja do primeiro século e como significa a nós em pleno século 21.
Quem já se sentiu incapaz de desenvolver uma obra que Deus estava chamando para fazer? Quem nunca foi imergido na incredulidade diante da grandeza do que Deus deseja fazer? Quem nunca teve medo do não cumprimento das promessas de Deus confiadas à sua vida? Quem testifica todas as coisas vindas de Deus, e manifestas em Cristo para a nossas vidas, é o Espírito Santo.
Infelizmente, o Espírito Santo tem se tornado um tabu mesmo que de forma velada em nossa geração. Falamos muito sobre milagres e a realidade do Reino, mas muitas vezes buscamos desenvolver uma liturgia onde o exercício do princípio correto das coisas pode nos levar a uma não dependência diária de ouvirmos os Espírito Santo e sermos guiados por ele.
“Podemos ter uma liturgia de culto perfeita, mas não ter Deus nos nossos cultos” – Marcelo Souza
A liturgia nos conecta à beleza de um rito espiritual, e isso é ótimo!, mas ter as coisas dando certo simplesmente pela observação litúrgica, nem sempre significa a presença e autoridade de Deus para o desenvolvimento de uma obra. “A NOSSA LITURGIA PODE SER BELA, MAS DEUS PODE NÃO ESTAR PRESENTE”
Particularmente, gosto muito de desenvolver bons hábitos e ter uma vida litúrgica: ter horário para cada tarefa do dia e me programar para todas elas. Acredito que a organização nos proporciona expansão e potencialização. Pessoas organizadas podem se tornar destaques em tarefas da vida. Eu não acredito que falte inteligência a muitos irmãos hoje, mas acredito que nos falta boa gestão de tempo e organização de nossas prioridades, e somente o Espírito Santo pode nos ajudar nessa gestão.
Não entendemos como o Espírito Santo opera. Ele é uma das pessoas da trindade mais incompreendida na igreja simplesmente pelos estereótipos atribuídos à Ele. Poucos de nós o conhecemos como ele realmente é. O Espírito Santo não pertence a um movimento, a uma denominação específica e muito menos está confinado a uma geração ou época específica. Ele foi enviado a nós para testemunhar Jesus Cristo e nos capacitar a ser o corpo de Cristo na terra.
Quem é o Espírito Santo e qual a sua obra?
Jo 14:16 – Consolador = paraklētos. Um intercessor, consolador: – advogado, consolador. O Espírito Santo é o espírito da verdade que habita dentro dos redimidos. Ter o Espírito Santo nos torna perseverantes na proclamação do evangelho e na vida prática da igreja. A definição da obra do Espírito Santo consiste em manifestar a presença ativa de Deus no mundo e em especial na igreja, fazendo a Sua obra.
No Antigo Testamento, a presença de Deus se manifestava na glória de Deus – nas teofanias -, e no Novo Testamento, o próprio Jesus manifestou a presença do Pai, e, após a ascensão de Cristo, temos a era da igreja e o Espírito Santo sendo a principal manifestação da presença de Deus a nós.
O Espírito Santo concede poder a indivíduos e consequentemente à Igreja, e a única forma de nutrir essa vida do Espírito é por meio da vida da videira verdadeira – Jo 15:1,2: “Jesus é a videira verdadeira, quem está nele frutifica”. O Espírito Santo é o penhor, a garantia que Deus irá fazer tudo que prometeu. Mas penhor de que? Penhor das manifestações da presença de Deus que conheceremos: novos céus e nova terra (vide 2Co 1:22 – 5:5; Ap 21:3,4)