Fé uma palavra pequena, mas de grande expressão! Sempre ouvimos essa palavra e o seu sentido encorajador no contexto religioso: “Você precisa ter fé”. A fé vai muito além de acreditar em algo impossível. Deus por meio da pregação do evangelho, nos dirige o chamado do evangelho, e através da obra do Espírito Santo ele nos regenera, isto é, nos concede vida espiritual. Isso é fé!
“Conversão e a nossa resposta espontânea ao chamado do evangelho, nos arrependendo dos nossos pecados e depositando nossa confiança em Jesus pelo ato da fé na salvação”.
Esse caminho de volta é um chamado de arrependimento, e jamais existirá arrependimento sem fé. Voltar para Cristo, o arrependimento dos pecados e o caminhar por fé, são elementos de uma verdadeira jornada de conversão.
Falar sobre a fé que nos salva, e falar sobre uma fé que incluirá conhecimento, aprovação e confiança pessoal. Ter uma fé salvífica envolve mais que conhecimento sobre fatos da vida de Jesus, fatos como o seu nascimento, sua morte, promessas, e também como poderá ser a consumação de todas as coisas. Podemos ser profundos conhecedores de tudo isso e mesmo assim nos rebelarmos ou não aceitarmos tudo isso.
Quando falamos sobre o conhecimento de quem é Jesus, não falamos sobre conhecer a nível de informação, mas falamos sobre conhece-lo pessoalmente. Até mesmo os demônios o conhecem e tremem, mas o conhecimento não é a garantia ou significado que os demônios são salvos (Tg:2;19). Nicodemos era uma autoridade entre os judeus e conhecia os feitos de Jesus, os reconhecia, mas não tinha uma experiência com todos esses feitos.
Podemos passar a nossa vida inteira falando e conhecendo sobre fé, redenção, salvação, regeneração, mas nunca experimentarmos as verdades transformadoras desses feitos de Cristo na caminhada do cristão (Jo:3;1-7). Ter nossa confiança depositada em Jesus, nos leva a sermos salvos e gozarmos dos benefícios dela.
“Conhecer a Jesus é diferente de crer nele.”
Precisamos decidir depender de Jesus para nos salvar. A humanidade tem sempre muitas boas ideias para se salvar, e ideias e planos que até revelam virtudes. Conhecer os feitos manifestos de Cristo nos evangelhos revelará o verdadeiro conhecimento dele que conduz o incrédulo à salvação.
A obra da salvação é única e quando recebemos a Jesus como Senhor e Salvador, esse evento é irrevogável na nossa jornada, mas o caminhar com Cristo, e se tornar seus discípulos, implica em desenvolvimento e ampliação de todo conhecimento que temos sobre sua obra, que nos é revelada nos evangelhos. Esse processo de desenvolvimento da fé e da confiança que desenvolvemos em Jesus, é algo além de acreditar nos fatos feitos por Ele, implica em uma confiança pessoal de que ele nos salvou. Esta é a “Fé salvífica”.
“Salvação é algo muito maior que somente o perdão dos seus pecados, salvação é um chamado a vida no evangelho, e confiar em Cristo quanto a sua salvação, sua regeneração pela qual Deus te concede vida espiritual”
Salvação envolve a vida eterna com Deus, onde declaramos e vivemos uma vida de retidão diante D’Ele. O chamado do evangelho é quando Deus nos chama a confiar em Cristo (Salvação). Já o ato da regeneração, é quando Deus nos concede vida espiritual. Já a conversão ocorre quando respondemos o chamado do evangelho, com arrependimento dos nossos pecados.
A Justificação
Não somos justificados pelo que fazemos. Não somos justificados pelas nossas obras. As obras que realizamos precisam ser simplesmente o reflexo do chamado ao evangelho (Salvação, regeneração, conversão). O Homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo (Gl:2;16).
Justificação é um ato instantâneo da parte de Deus, que considera nossos pecados perdoados, e o declarar-nos justos à vista de Deus.
Uma construção correta sobre a justificação é algo crucial para nossa fé cristã, separando o verdadeiro evangelho bíblico dos contos e fabulas evangélicas, que deturpam a graça ou empurra um evangelho legalista fundamentado nas boas obras que realizamos.
Ninguém será justificado diante dele pelas obras da lei; pois pela lei vem o pleno conhecimento do pecado (Rm: 3;20). Nunca existirá uma receita de bolo ou uma listinha que devemos cumprir para que sejamos justificados. A funcionabilidade da lei, sempre será apontar o pecado e a incapacidade do homem em fazer algo bom. O seu esforço físico, seu trabalho, a sua labuta, as suas obras, nunca serão capazes de convencer a Deus sobre a sua inocência diante dele. Mas ser justificado vem por meio da fé em Cristo que nos revela a nossa posição de homens caídos, homens pecadores (Rm:3;9-16).
Deus Nos Declara Justos à Vista Dele
Isso significa que não temos que pagar a penalidade do pecado (Rm:8;1), não existe condenação do pecado para todos aqueles que estão em Cristo. Não ter condenação é diferente de não sofrer as consequências da vida do pecado. A declaração legal de a morte do justo (Jesus Cristo), é o que nos justifica diante de Deus Pai, e nos torna moralmente neutros diante de deu.
Voltamos ao estado de Adão, antes de fazer qualquer coisa certa ou errada, a vista de Deus ele não era culpado, por isso, não precisava ou tinha a necessidade de um “atestado” de justiça diante de Deus.
Talvez vocês esteja se perguntando, como Deus pode me declarar justo e inocente, quando eu ainda peco? Paulo escreve que “Não há um justo se que na terra” (Rm:3;10). Quando Deus imputa justiça sobre nós, é como se todo o caminhar reto e justo de Jesus, passasse a nos pertencer da mesma forma que o pecado de Adão foi imputado a nós. A culpa de Adão recaiu sobre toda a humanidade, a obediência de Jesus sendo um homem justo, pode ser estendida a toda a humanidade, isso é a obra da justificação, onde somos justificados diante de Deus por alguém JUSTO, que pagou pelos nossos pecados. Deus não considera alguém justo, pela sua atual condição, mas somos justos para ele com base na perfeita obra de justiça de Cristo.
Somos justificados somente pela graça de Jesus! Não somos justificados por algo que poderíamos fazer para Jesus, não somos justificados porque temos alguma habilidade ou talento que poderá ser usado na expansão do reino de Deus.
A sua doação e envolvimento em toda obra de expansão do reino de Deus, precisa ser uma correspondência ao fato da justificação, tudo que temos e vivemos vem por meio da graça, fomos salvos, somos salvos, e seremos salvos mediante a fé em Cristo, e isso não vem de nós, e nem das nossas habilidades, mas é dom de Deus (Ef:2;8)