A santificação é um fruto inevitável da justificação (1Co 6.11). A justificação e santificação são duas atuações distintas, mas nunca separadas, pois Deus as uniu de forma orgânica. “O justificado sempre terá o desejo de andar no caminho da santidade em honra ao seu Rei”.
Quando falamos sobre santificação, muitas vezes atribuímos esse processo somente ao Espírito Santo, e isso é um erro. Na obra de santificação em nossa vida, não somente o Espírito Santo, mas também o Pai e o Filho são participantes. Por esse motivo é correto afirmar, que a santificação é uma obra do Pai do Filho e do Espírito Santo. Em Cristo a justificação dá o direito e a ousadia ao filho de Deus de entrar no céu, a santificação nos dá a aptidão para o céu e a santificação é a preparação necessária para se chegar lá –
Bem aventurados os limpos de coração, pois verão a Deus – Mt 5.8
O assunto santificação é pouco abordado em muitas rodas de conversas, pregações e inclusive, em encontros de grupos de discipulado. Observamos muita performance e pouca santificação. A autossuficiência do homem tem feito Deus passar de largo de muitos pregadores e de muitas igrejas. Precisamos sempre estar no lugar da dependência de Deus, a nossa capacidade muitas vezes nos deixa incapacitados, nossos talentos e habilidades podem se tornar um enorme tropeço para a nossa santificação.
“Quem despreza a santidade do coração está com conflito direto com Deus.” C. H. Spurgeon
Santidade sempre será o tesouro mais precioso que poderemos oferecer ao Senhor. Por isso, identifico três valores que de forma sutil, vem perdendo sua força e precisamos resgatar a sua essência em nossas vidas e famílias. O primeiro valor é o sangue de Jesus, a morte de Jesus ultrapassa uma mera historinha bonita para te convencer do seu pecado ou da bondade de Deus, pois o sangue do cordeiro nos proporciona uma vida pura e piedosa e esperançosa nas promessas de Deus.
O segundo valor é fugir da aparência do mal, temer a aparência do mal, e evitar ser um mal testemunho ou motivo de escândalo e vergonha para a igreja de Jesus. O terceiro valor é a valorização de atos comuns de uma vida ordinária. Buscamos tantas experiências sensoriais que podemos ser cauterizados quanto a beleza do ordinário, como o simples fato de acordar e poder tomar um café.
“A Santidade é o plano arquitetônico sobre o qual Deus constrói o seu templo vivo” C. H. Spurgeon.
Eu vejo a santificação como uma marca de identificação das ovelhas de Cristo. A santificação torna visível a eleição (salvação). Homens e mulheres eleitos serão conhecidos e distinguidos por suas vidas santas – J. C. Ryle
A santidade será o lado visível da sua salvação, pois pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.16).