Essa semana fiquei pensando sobre a morte! A morte pode ser o final da linha para muitos, crescemos temendo a morte. Mas a morte na vida do cristão nada mais é que a completude da obra de santificação. Um morto não tem vontades e muito menos se torna alguém a reivindicar seus direitos. Temos perdido muitas pessoas próximas de nós nesse tempo, amigos, irmãos, familiares. Todas as vezes que eu preciso lidar com a morte de pessoas próximas eu sempre faço uma reflexão profunda sobre a minha vida e sobre como as pessoas reagiriam diante da minha morte? Será que lamentariam? Chorariam? O ato da morte nos promove intima compaixão, mas com passar dos dias, a comoção passa e voltamos a normalidade da vida.
Episódios como a ressurreição dos mortos no julgamento final descrito em Apocalipse:20;12, nos fala que todos, sejam os grandes ou pequenos, se apresentarão diante do Senhor e serão julgados segundo as suas obras. A palavra no grego usada para obras nessa passagem é ergon – “trabalhar; labutar (como esforço ou ocupação); por inclinação, um ato: ação, fazer, trabalhar.
Lucas:17;7-10 “Parábola do servo inútil”. Fazer o que Deus espera de nós não nos torna especiais ou super crentes. Mas isso somente revela o nosso dever. “A compreensão que temos sobre a grandeza de Deus e quem ele é para nós molda nosso trabalho e inclina nosso coração para aquilo que realmente valerá a pena. Seremos julgados pelas nossas obras, elas não nos salvam, mas externam aquilo que foi feito dentro de mim por meio da salvação”
Você acredita que realmente Deus exista?
Como sabemos que Deus existe? Temos duas aplicações para a resposta dessa pergunta: a primeira é que todas as pessoas têm a intuição de Deus; e a segunda é que cremos nas provas encontradas nas escrituras e na natureza criada de que Deus existe. Temos perdido o senso de majestade e sublimidade do glorioso Deus das escrituras. De modo geral nos ofendemos. Nos ofendemos com a forma que Ele tem governado sobre o universo, o que para muitos soa como injustiça ou crueldade.
Jeremias:9;23-24 – “Não glorie o sábio em sua sabedoria …nem o forte na sua força… nem o rico nas suas riquezas…, Mas quem se gloriar, glorie-se em conhecer e entender o Senhor que pratica a fidelidade, o direito e a justiça na terra.”
“ O cristianismo moderno infelizmente não tem produzido pessoas tementes a Deus.”
O temor do Senhor
Provérbios :9;10 – O temor do Senhor é o princípio da sabedoria.
Se o temor do Senhor é o princípio da sabedoria, então ele nunca deveria ser temido.
1João:4;18 – “O verdadeiro amor lança fora todo medo”.
Teremos dois tipos de interpretação sobre o que é o temor do Senhor. O primeiro temor é aquele que me leva a fugir do Senhor, produz pavor, medo e principalmente o desejo de me afastar, como se Ele fosse o nosso problema, essa foi a atitude de Adão quando pecou, ele teve medo, ele temeu ao Senhor e com pavor e terror ele se afastou da presença de Deus. Esse tipo de temor não é o que precisamos cultivar, ele não é cristão e sim pagão. O evangelho não cria esse tipo de temor em nosso coração, mas pelo contrário o evangelho nos mostra a graça de deus em Cristo e isso nos faz caminhar seguros enfrentando as dificuldades da vida.
“Não reconhecer que Deus existe e não está em Cristo faz você temer ao senhor de forma errada.” Se você não está em Cristo, você está indo para o julgamento eterno sendo adversário de Cristo. – Hebreus:10;27
Agora pensando na segunda interpretação do temor do Senhor, podemos afirmar, o temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Se estamos em Cristo o perfeito amor dEle lança fora todo medo do julgamento futuro.
“A prisão do medo nos remete ao castigo e impossibilita sermos aperfeiçoados no amor” Só amamos porque ele nos amou primeiro – 1João:4;19
Nós cremos e tememos ao Senhor, não pelo medo do julgamento futuro, mas porque compreendemos que ele nos amou primeiro.
Ecleciastes:12;13 – “Teme a Deus, obedeça a seus mandamentos esse é o propósito do homem”.
O temor do Senhor é uma outra maneira de descrever confiança no Senhor, temer ao Senhor é reverenciar, respeitar e admirar Ele e tudo o que ele faz. O temor do Senhor é algo contrário a superficialidade, a bajulação emocional. O temor do Senhor está intimamente ligado ao conforto do Espírito Santo, ao senso de realidade da existência de Deus e a um resgate da fé genuína. Esse temor sempre será algo doce e nos manterá perto do Senhor.
Só conhecemos Deus verdadeiramente na nossa alma, quando nos rendemos a Ele, quando nos submetemos a sua autoridade e quando os seus preceitos e mandamentos regulam todos os pormenores em nossa vida – A. W. Pink
Oséias:6;3 “prossigamos em conhecer ao Senhor”